Ameaçadas principalmente pelas perda de habitat, mudanças climáticas e substâncias tóxicas, as aves de rapina – que incluem todas espécies carnívoras e caçadoras – estão em declínio em todo mundo.

É isso que indica um novo estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza e da BirdLife International, publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences, que descobriu que 30% das 557 espécies são consideradas quase ameaçadas, vulneráveis, em perigo ou criticamente em perigo.

Destas, dezoito espécies preocupam ainda mais, pois estão criticamente ameaçadas de extinção, como a águia filipina, o abutre de capuz e a coruja-do- jardim Annobon.

Das espécies de rapinas ameaçadas que são diurnas – incluindo a maioria dos falcões, águias e abutres – 54% estão diminuindo sua população e o mesmo aconteceu com 47% das aves noturnas ameaçadas – como é o caso das corujas – concluiu a pesquisa.

Segundo o cientista especialista em aves da Universidade Nacional Autônoma do México e coautor do estudo, Gerardo Ceballos, outras espécies também correm risco de extinção em regiões específicas, o que preocupa, na medida que significa que não podem mais desempenhar seus papéis como principais predadores nesses ecossistemas. v

De 4.200 locais identificados por grupos de conservação como críticos para espécies de rapinas em todo o mundo, a maioria “está desprotegida ou apenas parcialmente coberta por áreas protegidas”, afirmou Stuart Butchart, cientista-chefe da BirdLife International no Reino Unido.

Isso significa que “os fatores que causam o declínio não foram remediados” e essas espécies precisam de atenção imediata, destacou o biólogo da Universidade do Norte do Texas, Jeff Johnson.

Fonte:UmSoPlaneta

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