No dia 4 de outubro, é celebrado o Dia Mundial dos Animais e o Dia do Cão em referência a São Francisco de Assis, o santo padroeiro das crianças e dos pets. Gatos e cães, principalmente, são grandes companheiros dos humanos e considerados parte da família.

Durante a pandemia, a companhia dos pets trouxe alegria para muitos lares e o número de adoções se manteve aquecido.

Segundo dados da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), a procura por adoção de animais aumentou 400% durante os primeiros meses da pandemia.

Um outro estudo, o Radar Pet 2021, identificou que cerca de 30% dos animais dos tutores entrevistados foram adquiridos durante o período de isolamento social, com uma predominância maior de gatos entrando nos lares brasileiros. Outro dado interessante é que 23% das pessoas adquiriram seu primeiro pet durante a pandemia.

A principal porta de entrada dos animais de estimação nas famílias brasileiras é por meio da adoção ou como um presente, de acordo com os dados coletados pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC).

A pesquisa revelou que 84% dos gatos e 54% dos cães são frutos de adoção. No Brasil, também é comum os tutores receberem os animais de presente. É o que aponta a porcentagem de caninos (44%) e de felinos (31%), que foram presenteados.

Diversas ONGs e órgãos governamentais trabalham com o resgate, o tratamento e a procura de novos lares para cachorros e gatos abandonados ou que sofreram maus tratos. A COMAC estima que cerca de 10 milhões de animais de companhia foram abandonados durante a quarentena.

Após a escolha do pet, a organização faz uma vistoria, presencial ou on-line, na casa da pessoa para identificar se o espaço é seguro e se a família possui condições.

Só então a adoção é concluída. A líder da ONG ainda conta que é cada vez mais comum receberem denúncias de acumuladores de animais, o que é uma patologia psicológica, mas não deixa de ser uma forma de maus tratos, já que o tutor não consegue oferecer o cuidado mínimo necessário para o bem-estar de todos os animais.

De acordo com Tatiana Sales, fundadora e presidente da Confraria dos Miados e Latidos, o processo de adoção é rigoroso para evitar aquisições impulsivas e que possam gerar arrependimentos. “Primeiro, eles preenchem um questionário e, a partir daí, podemos indicar animais que se encaixem com o perfil do adotante”, explica.
Apesar do aumento das adoções, os números de abandono também cresceram (Foto: Alvan Nee / Unsplash / CreativeCommons)
Apesar do aumento das adoções, os números de abandono também cresceram (Foto: Alvan Nee / Unsplash / CreativeCommons)

 

Fonte: CasaeJardim

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