O conglomerado de luxo Kering, detentor de grifes como GucciAlexander McQueenBalenciaga e outras, tomou a decisão de interromper o uso de pele animal em quaisquer frentes de atuação. O movimento foi iniciado em 2017 apenas na marca italiana fundada por Guccio Gucci e, na temporada de inverno de 2022, torna-se uma medida absoluta.

“Atuar totalmente sem o uso de pele, como um grupo, é a coisa certa a ser feita: nós fazemos por convicção, por ética e modernidade”, afirma o CEO François-Henri Pinault em declaração oficial.

“O mundo mudou, assim como nossos clientes, e o luxo naturalmente precisa se adaptar a isto”, continua. Em 2019, o conglomerado formalizou uma série de padrões de cuidados animais e a nova decisão se encaixa como uma das práticas.

Durante séculos, a pele era vista como símbolo do luxo, mas essa percepção mudou com o passar do tempo e as marcas tem voltado o olhar cada vez mais para uma produção focada na sustentabilidade e com diminuição do impacto na natureza. Esse compromisso posiciona o conglomerado francês nesse segmento, marcando uma nova era na moda para as próximas décadas.

Há ainda uma pressão para que as marcas tenham consciência ambiental, como recentemente Billie Eilish compartilhou em suas redes sociais. A artista negociou com Oscar de la Renta para que a grife não usasse peles como condição para vesti-la no Met Gala 2021. “Foi uma honra usar este vestido sabendo que daqui para frente Oscar de la Renta será completamente sem peles!!!! Estou muito feliz porque toda a equipe me ouviu sobre esse assunto e agora fizeram uma mudança que causa um impacto para um bem maior, não apenas para os animais, mas também para nosso planeta e meio ambiente”, publicou.

Lady Gaga, no filme House of Gucci, vestida com a marca italiana, a primeira do grupo a abandonar o uso de pele (Foto: Reprodução Instagram)
Lady Gaga, no filme House of Gucci, vestida com a marca italiana, a primeira do grupo a abandonar o uso de pele (Foto: Reprodução Instagram)

Não só a Kering, mas o concorrente LVMH, detentor de marcas como Louis VuittonGivenchy e Christian Dior, anunciou no início do mês de setembro durante Congresso Mundial de Conservação da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), que irá promover o programa científico intergovernamental Man and Biosphere (MaB) aliado à UNESCO.

Criado em 1971 pela organização, o programa visa estabelecer uma base científica para melhorar as relações entre pessoas e meio ambiente, atrubuindo a determinadas áreas do planeta, consideradas relevantes em valores ambientais e humanos, o título de Reserva da Biosfera, o que engloba ações práticas como: conservação, desenvolvimento sustentável e criação de políticas públicas focadas no desenvolvimento sustentável.

Fonte: Marieclarie

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