Ao menos 189 pessoas morreram e milhares estão desaparecidas devido às chuvas dos últimos dias na Europa, que estão fazendo os rios transbordarem e levarem tudo pelo caminho principalmente na Alemanha e na Bélgica, segundo as autoridades locais.

O país mais afetado é a Alemanha, onde 158 mortes foram confirmadas até o momento e mais de 1 mil estão desaparecidos. A chanceler Angela Merkel começou a percorrer áreas devastadas pelas inundações no país e afirmou que a Alemanha precisa acelerar a luta contra as mudanças climáticas.

“É uma situação surreal e assustadora”, disse a Merkel em entrevista coletiva. “Diria até que o idioma alemão tem dificuldade em encontrar palavras para descrever a devastação que foi causada.”

 

O que se sabe até o momento:

  • 158 mortos na Alemanha (112 no estado da Renânia-Palatinado e 46 no estado da Renânia do Norte-Vestfália)
  • 1,3 mil pessoas desaparecidas no distrito de Ahrweiler, na Renânia do Norte-Vestfália, a cerca de 40 km ao sul da cidade de Colônia
  • 31 mortos e ao menos 20 desaparecidos na Bélgica
  • 114 mil casas sem energia na Alemanha, segundo a maior empresa de distribuição do país

O desastre já é tratado como o na Alemanha desde 1962 (quando uma enchente no Mar do Norte deixou cerca de 340 mortos) e a maior quantidade de chuva no país em um século.

As inundações no rio Elba, que em 2002 foram anunciadas como “inundações que acontecem uma vez por século”, mataram 21 pessoas no leste da Alemanha e mais de 100 em toda a Europa.

As chuvas deste ano têm afetado também a Bélgica, onde 31 pessoas morreram e ao menos uma dezena está desaparecida, e HolandaFrança e Luxemburgo em menor intensidade.

O número de vítimas pode ainda aumentar após relatos de deslizamentos de terra e casas sendo arrastadas pelos rios ou desabando devido à força da água na sexta-feira (16).

Imagens áreas divulgadas pelas autoridades do distrito de Colônia, na Alemanha, mostram uma cratera formada por um deslizamento de terra imenso, que arrastou lama e destroços.

Na Alemanha, as cidades e vilas mais afetadas estão no curso do rio Ahr, que nasce quase na fronteira com a Bélgica e deságua no rio Reno. O vale do rio Ahr é famoso pela produção de vinho tinto, e a cidade mais importante da região é Bad Neuenahr-Ahrweiler.

Na Bélgica, a região mais afetada é a Valônia, cuja principal cidade é Liège. Os maiores estragos estão em cidades e vilas ao longo do rio Mosa, que nasce na França, passa pelo país e adentra a Holanda, e também do rio Vesdre, perto da fronteira com a Alemanha.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, pediu na sexta um firme comprometimento com a luta contra as mudanças climáticas e afirmou que esta é a única alternativa para frear fenômenos meteorológicos extremos, como as chuvas intensas que castigam o país.

“Apenas se nos comprometermos de forma resoluta com a luta contra as mudanças climáticas poderemos controlar condições meteorológicas extremas como as que vivemos atualmente”, afirmou Steinmeier em um pronunciamento, em que disse estar “profundamente arrasado” pela tragédia.

A chanceler Angela Merkel havia dito na quinta-feira (15) que os extremos climáticos estão se tornando mais frequentes, o que requer ações para conter o aquecimento global. “Pequenos rios se transformaram em torrentes inundadas e devastadoras”.

As fortes enchentes no oeste da Alemanha transformaram ruas em rios com correntezas violentas, que “varreram” carros, arrancaram árvores e derrubaram ou arrastaram algumas edificações.

Comunidades inteiras ficaram em ruínas após rios transbordarem e varreram cidades e vilas, nos estados alemães da Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado.

Autoridades alemãs confirmam que 1,3 mil pessoas são consideradas “não reportadas” apenas no distrito de Ahrweiler, a cerca de 40 km o sul da cidade de Colônia.

Ainda não é possível saber quantas estão com problemas de comunicação e quantas podem ser vítimas ainda não localizadas.

1,3 mil desaparecidos na Alemanha

As fortes enchentes no oeste da Alemanha transformaram ruas em rios com correntezas violentas, que “varreram” carros, arrancaram árvores e derrubaram ou arrastaram algumas edificações.

Comunidades inteiras ficaram em ruínas após rios transbordarem e varreram cidades e vilas, nos estados alemães da Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado.

Autoridades alemãs confirmam que 1,3 mil pessoas são consideradas “não reportadas” apenas no distrito de Ahrweiler, a cerca de 40 km o sul da cidade de Colônia.

Ainda não é possível saber quantas estão com problemas de comunicação e quantas podem ser vítimas ainda não localizadas.

Em Erftstadt, “as casas foram em grande parte destruídas e algumas desabaram”, disseram as autoridades locais em uma rede social. “Várias pessoas estão desaparecidas”.

As casas desabaram e equipes de resgate tentam chegar de barco ou helicóptero aos moradores, porque as estradas ao redor da cidade estão intransitáveis ​​após terem sido destruídas pela água.

Uma barragem perto da fronteira com a Bélgica transbordou, enquanto outra foi estabilizada.

Cerca de 4,5 mil pessoas foram evacuadas das comunidades a jusante e um trecho da rodovia A61 foi fechado em meio a temores de um possível colapso das estruturas.

Outras cerca de 700 pessoas foram evacuadas de parte da cidade alemã de Wassenberg, na fronteira com a Holanda, após a quebra de um dique no rio Rur.

FONTE: PlanetaG1

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