Aprovado nesta quarta-feira (11/08) em primeira votação, e por unanimidade, Projeto de Lei (PL 142/2021) que proíbe essa prática cruel no RJ. O objetivo é aprová-lo em segunda votação e transformá-lo em lei.
Quem praticar essa maldade com um animal em nossa cidade terá que pagar multa de até R$ 15 mil, com destinação ao Fundo de Proteção Animal, e será processado por Crime de Maus-Tratos, com penas de até 5 anos de prisão.
Veterinários e tatuadores defendem a nova lei
Em entrevista a G1 veterinária Flávia Care disse que tatuar animais faz com que a pele deles seja agredida, podendo desenvolver doenças alérgicas, como por exemplo uma dermatite.
Flávia complementa que, além de ter que usar medicamentos para tratar essas lesões, em alguns casos a pele do animal pode necrosar.
O tatuador Junior Kurt também falou ao G1, afirmando que a tatuagem em animais causa sofrimento e dor a eles e é um procedimento que satisfaz apenas o ego e a vaidade do dono.
Ferro e fogo
Um artista belga no final dos anos 90 iniciou a prática de tatuar porcos vivos, movendo-se depois para a China para manter o que ele chama de “Obra” pois as leis de proteção aos animais na China são mais brandas. A prática segue o mesmo método dos outros casos, os porcos eram sedados e então tatuados.
Surgiu também a necessidade de marcar rebanhos, substituindo a marcação a ferro e fogo.
No entanto, isso foi abolido e agora essa marcação é feita com brincos e chips eletrônicos. De qualquer forma, a marcação é uma invasão ao corpo do animal que não tem como se defender.
No caso das tatuagens em animais domésticos, não há justificativa a não ser por puro capricho das pessoas.
A veterinária Flávia sugere que os animais fiquem livres dessa prática e tenham sua imagem tatuada em seu próprio dono, como forma de demonstrar carinho e amor verdadeiro.
Fonte: Dr.Marcos Paulo